O Dia Nacional da Consciência Negra, 20 de novembro, foi criado em 2003 e é feriado em cerca de mil cidades do Brasil. A data foi escolhida por ser o dia em que se atribui a morte de Zumbi dos Palmares – um dos maiores líderes negros do Brasil na época da escravidão.
Zumbi foi um líder quilombola do Quilombo dos Palmares – o maior do período colonial, liderado até 1678 por Ganga Zumba. Zumba perdeu a liderança para Zumbi devido a um conflito causado pelos portugueses. A coroa portuguesa permitiu a existência do quilombo desde que o grupo aceitasse as condições da coroa. Zumbi, não quis aceitar e optou pela resistência, enquanto Ganga Zumba estava disposto a aceitar.
Nessa briga de interesses, Zumbi dos Palmares venceu e consequentemente a resistência também. Entretanto, ao ser preso pelos brancos, Zumbi foi executado e teve sua cabeça exposta até estar em completa decomposição em uma praça de Recife. Para a coroa se vangloriar tanto da morte de Zumbi, pode-se imaginar o quão influente e forte o mesmo era.
Mas infelizmente, a opressão contra o povo negro não terminou com o fim da escravatura no século XIX – e persiste até hoje. Durante a ditadura militar no Brasil, por exemplo, manifestações culturais e religiosas descendentes de povos africanos eram criminalizados: como a Capoeira e o culto aos Orixás.
Até hoje o racismo tem oprimido mais da metade da população brasileira, que apesar disso, resiste. O mês de novembro, assim como todos os dias do ano, devem contemplar reflexões sobre a desigualdade e a negritude no Brasil, para que possamos um dia alcançar uma sociedade mais justa e igualitária.