Oscar Ribeiro de Almeida Niemeyer Soares Filho, ou simplesmente Oscar Niemeyer, é um dos maiores ícones da arquitetura moderna brasileira. Nascido no Rio de Janeiro, foi mais conhecido pelos projetos para Brasília, como o Congresso Nacional do Brasil, o Palácio da Alvorada, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal. Falecido em 2012, aos 104 anos, Niemeyer fez história ao materializar as curvas no concreto armado, transformando a arquitetura nacional.
Palácio do Planalto/ Foto: Francisco Aragão
O arquiteto estudou na Escola Nacional de Belas Artes – atual UFRJ – e fez estágio com Lúcio Costa, arquiteto que também participou dos projetos de Brasília. Seus primeiros grandes trabalhos individuais foram os edifícios da Pampulha – um conjunto de edifícios planejados ao norte de Belo Horizonte, Minas Gerais. A Igreja São Francisco de Assis, do conjunto, destacou Niemeyer de forma internacional.
Igreja de São Francisco de Assis/ Foto: Arnout Fonck
O Conjunto Arquitetônico da Pampulha foi uma encomenda do então prefeito de Belo Horizonte: Juscelino Kubitschek. A área da cidade que Juscelino estava construindo, chamada Pampulha, continha uma lagoa artificial, e o projeto consistia em desenvolver edifícios em torno dela: uma igreja, um cassino, uma casa de baile, um clube e um hotel. A inauguração do hotel contou com a presença do presidente Getúlio Vargas em 1943. O cassino, se tornou o Museu de Arte da Pampulha em 1957. Utilizando o concreto armado, Oscar Niemeyer dava seus primeiros passos ao que iria se tornar mais tarde seu maior legado: as curvas.
Em 1956, Niemeyer foi convidado pelo presidente do Brasil, Juscelino Kubitschek, para projetar os prédios públicos da nova capital do Brasil, Brasília. De forma experimental, o arquiteto criou uma de suas mais renomadas obras, o Palácio Nereu Ramos, ou então, o Palácio do Congresso Nacional.
Congresso Nacional/ Foto: Rodolfo Stuckert
O Palácio do Congresso, de arquitetura monumental, é um dos cartões postais do Brasil. Sua simbologia carrega alguns dos ideais de Niemeyer: a concha da Câmara é a virada para cima, pois representa o povo (poder que cresce de baixo para cima) e a concha do Senado, menor, é virada para baixo, representando a vontade do Estado – poder que vem de cima para baixo.
Oscar Niemeyer
“Não é o ângulo reto que me atrai, nem a linha reta, dura, inflexível criada pelo o homem. O que me atrai é a curva livre e sensual, a curva que encontro no curso sinuoso dos nossos rios, nas nuvens do céu, no corpo da mulher preferida.”
Ao longo de sua carreira, Niemeyer realizou diversas construções nacionais e internacionais de grande relevância, como sua colaboração para a Sede das Nações Unidas em 1947 e a Sede do Partido Comunista Francês em 1965. Suas curvas marcaram a maior parte de suas obras, mas até em seus projetos de designs mais “comuns” percebe-se sua identidade: brasileira e ousada.
Edifício Copan/ Foto: Gláuber Sampaio
Uma de suas notáveis obras paulistanas, o Edifício Copan, prédio com a maior estrutura de concreto armado do Brasil, com 115 metros de altura, curvado como uma onda.
